Apresentação
A intenção pedagógica é esclarecer como as relações entre arte, natureza e povos originários não é algo novo, mas que assume relevância em contexto atual. Para isso o pensamento adotado foi uma metologia de conhecer, refletir e produzir. A partir disto, resultou a seguinte estrutura.
O site consta com 5 abas nas que são constituídas por.
Home
Local destinado a navegação do site. Com links e informações breves de todas as páginas.
Apresentação
Discorre sobre as intenções deste local na web e privilegia o local de fala, Quem sou, Publicações e Contatos.
Projeto
Aqui nos prendemos mais as realizações das quais resultaram o site. Porque deste tema, das experiências docentes que motivaram as escolhas e o projeto escrito do site. Há os links para as páginas: Como Aprender Pintura Indígena Karajá? Espaços de Cultura e Arte em Goiás, Galeria de Fotos, Charges e Apresentação de TCC.
Blog/Plano de ação
Contém os materiais do Curso de Educação Intermidiática da UFG, textos, escritas e vídeos e um plano de ação para abordar aulas em escolas do ensino fundamental.
Experiências docentes
Ficam as sugestões de endereços fora deste site, mas de que alguma contribuem para o estudo. Links para Experiências Docentes, Sites Recomedados e Cursos Online.



Pensamento Estruturante
Este é um local de discussão, reflexão e estudo sobre arte, educação, ambientalismo e cultura indígena. Entendemos arte "enquanto instância crítica da realidade" [MARTINS & TOURINHO 2012, p.97]; por procurar novas formas de ressignificar e apresentar temas complexos. Para nós, educação, como ensina Paulo Freire, é adquirir "o indispensável conhecimento com que nos movemos melhor no mundo" [FREIRE,2015, p. 26]. E ambientalismo, refletindo se: " a natureza não merece
outra racionalidade que não seja a irracionalidade com que é tratada pelo capitalismo?
"[SANTOS, 2008, p.10].
Aqui fica registrado preocupações, experiências e estudos sobre a possibilidade de uma arte que nos conecte com o outro e nós mesmo num sentido responsável e de resistência. Procurando um significado que nos faça mais coletivos e menos isolados. Por isso, nossa epistemologia parte de angústias e curiosidades diárias, tais como: 1) a incapacidade de alguns de perceber a degradação ambiental como fator prejudicial a qualidade de vida e 2) a possibilidade de pensar a arte como dispositivo de repensar práticas e costumes.
Este viés estético, conforme o entendimento de Tourinho, vê arte como algo mais que puramente expressão, "na experiência estética, as emoções funcionam cognitivamente" e na "estética contemporânea, diferentemente da estética moderna, não dissocia o objeto artístico das circunstâncias de sua produção e consumo" [TOURINHO, 2002, p. 40 ]. Assim, pensando o ser humano conectado com seu meio e sua história, a arte pode interferir socialmente para um convívio mais ajustado entre nós e nosso ambiente. Pois acreditamos que "os valores que a arte expressa podem ter uma função educacional e socializante - da motivação para certas atividades, das trocas pessoais, da adesão ou estranhamento sobre realidades e práticas"[idem].
Para tanto, a intenção pedagógica do site é nortear uma abordagem que esclareça a narrativa das relações entre arte, ambiente e povos indígenas. Falo narrativa no sentido de estudarmos o surgimento, o devir e o estado atual das discussões sobre as relações citadas.
Queremos com este espaço publicar ideias, identificar dificuldades e construir soluções de forma coletiva e colaborativa sobre o tema da arte educação, meio ambiente e cultura indígena.
Esta necessidade se torna mais relevante quando observamos crises anuais de falta de água, contaminação dos alimentos, ar e desmatamentos recordes por um lado; e do outro, a redução drástica dos povos indígenas, que levam consigo um arcabouço cultural desconhecido e ainda pouco pesquisado. Sem se aprofundar em questões humanitárias, como a dívida social com este povo que há séculos vem sofrendo um genocídio autorizado através da tomada de suas terras. A arte entra aqui como ferramenta cultural que ao misturar emoção e racionalidade, pode propor novos modos de resistência. Pois "os trabalhos de arte não carregam apenas as histórias pessoais de um artista, mas uma dinâmica de relações entre artistas, indivíduos, arte, cultura e história"[idem, p.44].
Muitas de nossas dificuldades, enquanto sujeitos, refletem o modo de vida atual, perturbado por excessos do capitalismo, qualidade ruim do ar, água, transportes e moradias. No sentido que, as reclamações que surgem dentro das salas tais como 1) estou tossindo, 2)faltou água, 3) atrasei no trânsito inundou a minha casa durante a chuva etc; são resultados da degradação ambiental que é ofertada por nós mesmos e da qual, temos o hábito de pensarmos que é consequência de ações de outros sujeitos distantes ou do estado. Como se não fossem nossos hábitos irrefletidos de usar combustíveis fósseis, desperdiçar água potável, utilizar transportes individuais motorizados ou morar em zonas ribeirinhas as verdadeiras causas de tais transtornos.
Por mais que existam razões pragmáticas, para que não prejudiquemos o ambiente, o discurso racional às vezes não é suficiente. Talvez a estética possa colaborar para uma conscientização mais profunda sobre a importância de cuidarmos do nosso ambiente e dos animais, aqui incluo, o animal humano.
Para alcançar tal meta, que seria a transformação de modos de pensar e agir no mundo com vistas a preservação ambiental e da cultura dos povos originários; consideramos a estética uma ferramenta importante. Vivemos uma fase histórica-cultural em que "numerosos filósofos, sociólogos, teóricos da cultura, economistas e políticos coincidem em denominar de a 'estetização' da cultura"[AGUIRRE, 2011, p.69]. Assim, há o "deslocamento do estético do âmbito das artes para todos os cantos da vida cotidiana" [idem]. Conforme o autor, "a estética se converte em um instrumento de máxima utilidade para gerar estratégias de ativação do desejo"[idem].
Deste de a Pré-historia a arte mantém uma relação com a natureza; obras como a Paul Gauguin já refletia sobre o homem, a natureza e o futuro. Suas relações com os povos originários da Polinésia, tema de muito dos seus quadros, já antecipava a importância destes como exemplo de relações menos agressivas ao ambiente e de maior equilíbrio social.
Neste site, os povos originários privilegiados são os indígenas, que possuem um histórico de uso diferenciado e não predatório dos espaços naturais. Por si só já demonstram a possibilidade de uma forma de pensar mais holística e consequente em relação ao ambiente.
Contudo, após a Segunda Grande Guerra movimentos como o da Land Art e artistas como Richard Long radicalizaram o tema ambiental como central nas preocupações e iniciativas estéticas. Conectando de forma irreversível natureza e arte. Daí por diante, com a crescente devastação do planeta, cresce a necessidade de uma educação reflexiva, que considere o homem como ser responsável pela preservação do nosso mundo.
Artistas: Paul Gauguin e Richard Long
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Referências
AGUIRRE, Imanol. Cultura visual, política da estética e educação emancipadora. In: Raimundo Martins e Irene Tourinho (organizadores). Educação da cultura visual: conceitos e contextos/ Santa Maria: Ed. da UFSM. 2011. p. 69-112.
FREIRE, Paulo. Professora, sim; tia, não: cartas a quem ousa ensinar. Editora Paz e Terra, 2015.
MARTINS, Raimundo; TOURINHO, Irene. Entre contingências e experiências vividas... propostas para pensar um ensino crítico de artes visuais - DOI 10.5216/vis.v3i1.17934. Visualidades, [S.l.], v. 3, n. 1, abr. 2012. ISSN 2317-6784. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br /VISUAL/ article/view/17934/10698>. doi:https://doi.org/10.5216/vis.v3i1.17934.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A esquerda no século XXI: As lições do Fórum Social Mundial. 2008.
TOURINHO, I. (2002). Emoções e sentimentos: polêmicas sobre o ensino de arte. Comunicação & Educação, (25), 36-44. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v0i25p36-44
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